10 Apr
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          O ensino no campo da alimentação, cujo estudo abrange diversas áreas do conhecimento por ser um objeto complexo com várias implicações está intimamente relacionado a elaboração de Hortas Educativas, que são áreas dedicadas para ensinar técnicas de cultivo de hortaliças diversas (Figura 1). 

    

Figura 1. Exemplo de Horta Educativa. Foto: Site da Prefeitura de Vila velha.  

               A Horta Educativa é uma alternativa possível de ser implantada na escola, que abre portas para o avanço da educação em diversos sentidos e leva os alunos a novas experiências e observações que enriquecem sua relação com o meio ambiente, além de facilitar a visualização dos conceitos estudados e compreensão de forma consciente e ecológica. Sendo assim, com esse recurso, as crianças têm a oportunidade de trabalhar com temas variados e investigar as plantas como um dos recursos disponíveis na natureza, além das possíveis técnicas envolvendo a produção de alimentos. Assim, com esse recurso, as crianças têm a oportunidade, além de possíveis métodos relacionados à produção de alimentos, de abordar diversos temas e estudar as plantas como recurso natural (Figura 2).  

Figura 2 . Projeto de Horta Educativa no IFMS. Foto:  Site IFMS.

 

               O principal objetivo da implantação da Horta Educativa nas escolas é auxiliar na formação dos alunos e da comunidade escolar através de um recurso que possibilite a interdisciplinaridade. Afinal, a Horta Educativa é um excelente recurso didático-pedagógico, correspondendo a um laboratório vivo que possibilita diversas estratégias de ensino, o qual pode provocar mudanças de valores e atitudes, criando um espaço de formação e informação, propiciando a aprendizagem de conteúdos ao favorecer a inserção do educando no dia a dia das questões sociais, fazendo com que o mesmo seja capaz de intervir na realidade local.    

          Para que isso se efetive, o início de uma Horta Educativa exige outros conhecimentos, além da educação ambiental. A implantação e implementação se torna interessante para trabalhar com os conteúdos curriculares das áreas de ensino que compõem a base curricular das escolas de educação básica. Além disso, pode ser um método facilitador para a abordagem de temas transversais, especialmente meio ambiente, saúde, trabalho e consumo, oque torna possível retirar o aluno da rotina exaustiva da sala de aula, possibilitando assim a relação direta com a natureza, já que os ambientes naturais podem ser trabalhados de forma lúdica, o que levará o educando a uma discussão junto à sociedade e a natureza, seus aspectos gerais, impactos causados pelo homem e o ensaio possível de ser trabalhado para a conscientização. Por essas razões, a horta é um recurso didático-pedagógico considerado amplamente eficaz ( Figura 3).

Figura 3: Colhendo resultados. Foto: Harleid Claiton. 


Referências
COIMBRA, A. S. Interdisciplinaridade e Educação Ambiental: Integrando Seus Princípios Necessários. Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental. Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. 2010
DIEZ-GARCIA, R. W. Mudanças Alimentares e a Educação Alimentar e Nutricional. In: DIEZ-GARCIA, R. W.; CERVATO-MANCUSO, A. M. (Org.). Mudanças Alimentares e Educação Alimentar e Nutricional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. (3-16).
FREIRE, J. L. O. Horta escolar: uma estratégia de aprendizagem e construção do cidadão. Cadernos Temáticos, v. 20. p. 93 – 95. 2008.
RODRIGUES, M.D; et al. A educação ambiental através da horta escolar: um estudo de caso entre duas escolas da cidade de Rio Grande/RS. São Cristóvão: Tempos e Espaços em Educação. v. 11, n. 27, p. 217-232, 2018.
ZÁRATE, N. A. H.; VIEIRA, M. C.; VIEIRA, D. A. H. Produção de hortaliças. In: Zárate, N. A. H. Hortas: conhecimentos básicos. Dourados, MS: Seriema, 2018 p. 33 – 44.

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